27 de jul. de 2011

Conte a sua história!



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12 comentários:

  1. Era uma vez...

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  2. Oi, Geralda!

    Muito interessante a sua atuação como contadora de histórias. Como você, valorizo muito as histórias que ouvi na infância, e tento fazer com que elas permaneçam na família, contando-as para as minhas filhas. Postei abaixo um texto que escrevi sobre uma destas histórias. Espero que goste:

    Quem na sua infância não ouviu histórias de lobisomem? Eram contos horripilantes, de homens que, na lua cheia, vítimas de encantamento ou por alguma outra circunstância misteriosa, viravam lobisomens.

    Lembro-me de uma história que me enchia de pavor. Não sei extraída de onde, se de livro, filme ou do acervo memorial do meu pai. Existiu um homem muito formoso, casado com uma mulher igualmente linda, que moravam numa casinha encravada no sopé de um rochedo no meio de uma densa floresta. Viviam, contudo, num profundo desconsolo, pois todos os filhos que nasciam lhes eram subtraídos de dentro de casa, misteriosamente, de forma a nunca mais deles terem noticias. Um dia a mulher, enquanto afagava os cabelos do marido, deitado em seu colo, observou entre os seus dentes, um fiapo de tecido que ela, imediatamente, identificou como sendo do mesmo algodão das fraldas do último filho que lhes havia sido roubado. Ficou com aquela dúvida atroz corroendo seu coração até que foram abençoados com nova concepção. A mulher não vivia tranquila e vigiava essa criança dia e noite, incansavelmente. Até que numa noite de lua cheia, surpreendeu o marido transformando-se num ser medonho. Pelagem negra ia surgindo pelo seu corpo e as orelhas e unhas iam crescendo assustadoramente. Confirmava-se a sua suspeita, seu marido era um lobisomem. E observava aquela metamorfose, petrificada sobre a cama, até que o monstro, caminhando em direção ao berço, pegou a criança no colo e embrenhou-se na floresta. A mulher, desesperada, saiu no encalço do lobisomem, mas teve muita dificuldade para acompanhá-lo na escuridão da mata. Já pela madrugada, quando seus olhos conseguiam divisar alguma imagem, deparou-se com o marido, que trazia nas mãos as roupas laceradas do filho que acabara de devorar.

    A narração a que me proponho, diz respeito a um fato surreal detalhado com inegável pitada de humor pelo tio Camilo numa das adoráveis tardes em sua casa.

    As histórias sobre lobisomens que eles ouviam na infância, traziam de acréscimo a receita para que se tornassem um deles. Mais ou menos assim: o candidato deitava-se nu, à noite, no lugar onde dormia o animal no qual queria se transformar, revirando-se freneticamente sobre seus vestígios e, pronto, virava um lobisomem. Ou um “cavalomem”, ou um “cachorromem”, ou um “porcomem”... E por aí a fora.

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  3. Numa noite quente lá em Campo do Meio/Novo Cruzeiro, meus tios Camilo, Orozino e Zeca, aproveitaram enquanto a família dormia para realizarem o desejo que acalentavam há alguns dias. Levantaram-se de mansinho e foram para o pasto, mais precisamente o dormitório dos porcos. Tiraram os pobres suínos do seu repouso noturno e se adonaram do lugar. Despiram-se e se deitaram na desordem da pocilga. E num ritual extravagante passaram a rolar de um lado para o outro, ora de costas, ora de barriga para baixo, se estrebuchando no meio da palha. “Ocê já virou, Orozino?”. “Não sei, Camilo, olha aqui, prá ver se já tô virando...” “Não, num tá ainda não”... E rolavam cada vez com mais sofreguidão, procurando concentrar o pensamento no propósito daquela tarefa. “Vamos fechar os olhos e pensar como que a gente quer ficar...”Dizia Orozino, o mais ascético. “Zeca, já tá nascendo pelos em você? “Olha aqui, Orozino, será?....” E nesse deita e rola passaram seguidas horas, até se convencerem de que só iriam conseguir ali uma dezena de bichos de pé, que à aquela altura já se haviam alojado em seus corpos. Voltaram para casa desapontados. Encontraram dinha Santinha, nossa avó, a postos, aguardando por eles, vez que não os achara no quarto. “Que catinga de porco é essa? Tio Orozino tratou logo de explicar: “A gente tava vendo se virava lobisomem, Dé ...” (eles não diziam mãe e sim Dé). “Ah, tavam vendo se viraram lobisomem? Hum! Mas agora ocês vão virar mesmo, mas é dentro d`água fria e debaixo de taca“. Deu neles uma surra memorável e os encaminhou para o banho, colocando um para esfregar o outro com bucha de palha de milho e sabão de coada, aquele caseiro, feito de cinzas e soda cáustica.

    A ilusão de virarem lobisomem acabou naquela noite, com os corpos lanhados pelo chicote de couro de boi.

    Beth - Teófilo Otoni-MG

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  4. Obrigado pela história postada Beth, pois se trata de narrativa interessante. Com certeza estará concorrendo a um prêmio de melhor história, e fiquei feliz em saber que valoriza o ato de contação de história em sua casa. Tia Geraldinha

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  5. Tia Geraldinha, desde o dia 12 estou tentando mandar a minha estória, mas só consegui enviar o Era uma vez... Vamos ver se eu consigo agora.

    Tia Geraldinha, meu nome é Yan e tenho 7 anos e minha mãe falou do seu blog. Achei seu blog muito legal e quero participar contando uma estória minha.
    Eu escrevi essa estória como tarefa de casa da aula de Português. Espero que goste.

    VOANDO COM DRAGÕES

    Era uma vez um menino chamado Luiz. Ele era aluno do 2º ano e gostava muito de ler. Um dia, ele estava na biblioteca de sua escola procurando um livro sobre animais selvagens. Foi então que ele descobriu um livro antigo, com as páginas velhas, amareladas e empoeiradas: era um livro sobre dragões! Ficou muito curioso, pegou logo o livro emprestado e levou para casa.
    Quando chegou à noite Luiz estava doido para ler o livro. Ele leu estórias emocionantes e ficou pensando se eram verdadeiras. Ficou com muito medo, mas não conseguia parar de ler.
    Luiz voava pelo céu montado no dragão mais perigoso, o seu amigo, Fúria da Noite, seu corpo era preto e suas asas eram vermelhas com um monte de manchas amarelas que mais pareciam línguas de fogo! Viajava para lutar contra outros dragões quando de repente, durante um rodopio, Fúria da Noite sumiu. Luiz caía de ponta em direção ao chão e já não havia mais dragões.
    Que susto! Era a sua mãe batendo na porta do quarto dizendo para ele dormir que já era tarde. Luiz abraçou seu livro e guardou para mais uma noite de aventuras emocionantes, vestiu o seu pijama e foi dormir de verdade.

    Yan Villela Dominici
    Ipatinga - MG

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  6. Obrigada pelo retorno, Tia Geraldinha! Também fiquei feliz ao ler a história do Yan. Logo logo este será um ponto de encontro dos amantes da Literatura, de todas as idades! Abraços a todos.

    Beth - Teófilo Otoni-MG

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  7. Tia Geraldinha17 agosto, 2011

    Parabéns Yan Villela pela linda história "Voando com dragões). Como na história quando a criança escolhe um livro pode ter certeza que este está recheado de surpressas e tem o poder de levar as crianças a mundos jamais vistos e ocupados por nós seres humanos. E pode ter certeza que na volta destes mundos nunca mais somos os mesmos, sempre aprendemos algo e ocorre mudanças em nosso caráter.


    Obrigado! e sua história está concorrendo ao prêmio de melhor história do mês.

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  8. Este comentário foi removido pelo autor.

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  9. Um conto sobre a liberdade

    Um jovem pássaro havia passado toda sua vida em uma gaiola, esta também foi a sina de seus pais e seus avós, o pobre só conhecia a vida que rodeava sua gaiola. O jovem pássaro era feliz, tudo que precisava encontrava ali, água, comida, a vida era boa, mas algo aconteceria, e ia transformar sua vida.
    Certo dia o pássaro recebeu uma visita inesperada, era uma borboleta, ele já havia visto outras criaturas como aquela, mas nenhuma tinha se aproximado tanto, se sentiu completamente fascinado por aquela criatura que assim como ele também voava,era como se estivesse em transe, a criatura era de uma beleza impar, voava, e não havia gaiola, de onde ela vinha?Ele se perguntava, sua curiosidade era tanta que logo a borboleta percebeu, e então se aproximou, o pássaro logo perguntou: De onde você vem?
    A borboleta então lhe contou coisas sobre um mundo belo e imenso, falou sobre liberdade e outras coisas, mas o jovem pássaro não conhecia a palavra liberdade, que palavra difícil de explicar! Ficaram horas conversando, no final da conversa liberdade não era mais só uma palavra, mas uma obsessão, no dia seguinte a criatura magnífica que o visitara não voltou, e toda aquela conversa parecia ter sido apenas um sonho.
    Certo dia, a porta da gaiola estava aberta, devem a ter esquecido assim, o pássaro não pensou duas vezes, foi conhecer a tal da liberdade. A tal liberdade era fascinante, mas também assustadora, e mesmo maravilhado com as belezas do mundo que existia do lado de fora da gaiola, o pássaro voltou, não se sentia preparado para tamanha transformação, ser livre é ser responsável por sua existência, isso o atormentava, por isso lá estava o pobre pássaro de volta a sua gaiola, mas nunca mais seria só uma gaiola, não após conhecer a liberdade, agora tinha outra conotação, o pobre fez a terrível descoberta de que só se reconhece uma prisão ,quando já se esteve fora dela,por isso nunca mais se sentiria em casa.
    Muitas primaveras se passaram , o pássaro já não era mais jovem, tinha se tornado uma criatura atormentada por suas escolhas, o sonho de ser livre o atormentou de tal maneira, que já não mais cantava tudo que queria era poder votar atrás, se lhe fosse concedido essa oportunidade, talvez nunca tivesse retornado a sua gaiola, ou talvez nunca tivesse saído.


    minha página: wwwernanepensamentocritico.blogspot.com

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  10. Tia Geraldinha19 agosto, 2011

    Pensamento crítico!

    Linda sua história, realmente encarar a liberdade não é para qualquer um, somos responsáveis pelo nosso livre arbítio, e encara-lo requer coragem, renúncias, alegrias e tristezas. Todos nós vamos chegar ao mesmo destino, o que muda é o tempo que cada um gastará. Boa sorte na escolha da melhor história.

    Obrigado e fica com Deus!

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  11. Me esqueci de deixar meu e-mail e cidade:
    Ernane Everton ,Coronel Fabriciano,mg
    e-mail:ernaneeverton@yahoo.com.br

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  12. Guilherme Souza Oliveira04 outubro, 2011

    hoje vc foi na esola altina gostei muito das historia que contou e gostei mais ainda das historias de Ipatinga nunca ouvi uma historia de Ipatinga mais ate a prosima

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